Prova de leitura sobre o livro A Ilha Perdida de Maria José Dupré
1. Quando Henrique viu Simão pela primeira vez ficou muito surpreso. Realmente o habitante da ilha não era uma pessoa comum. Descreva-o a partir da leitura que você fez do livro, isto é, diga o que se lembra em relação ao físico, vestimentas, sentimentos e atitudes.
2. Por qual motivo Simão resolveu ir morar na ilha? Você concorda com estes motivos? Diga o porquê.
3. Cite algumas lições que Henrique aprendeu no tempo que passou com Simão na ilha.
4. Embora o livro tenha sido escrito em 1944, desenvolve um tema muito importante em nossos dias. O que você pode dizer sobre este tema?
5. Desenvolva, abaixo, um pequeno texto narrativo em que você participe de uma aventura na ilha junto com as personagens do livro. Não se esqueça de usar o que aprendemos nas aulas de Produção de Texto. Capriche na letra e tome cuidado com os erros de Português.
Roteiro de leitura de Os Miseráveis, de Victor Hugo
2ª série - Ensino Médio - 2º período/2010
GABARITO
1. Explique qual foi o fato que mudou a história do protagonista.
Jean Valjean é acolhido por um gentil bispo, que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos.
Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido.
2. Depois desse episódio, Jean Valjean pode tornar-se um comerciante e industrial de sucesso e chega ao cargo de prefeito em uma pequena cidade, acobertado sob um nome falso. Que nome Jean Valjean adota a partir de então?
Ele se apresenta como o Sr Madeleine.
3. Na descrição que Victor Hugo faz da vida do personagem Jean Valjean, podemos observar que há o cuidado de evidenciar as circunstâncias que o levaram ao crime:
Jean Valjean, de humilde origem camponesa, ficara órfão de pai e mãe ainda pequeno e foi recolhido por uma irmã mais velha, casada e com sete filhos. Enviuvando a irmã, passou a arrimo da família, e assim consumiu a mocidade em trabalhos rudes e mal remunerados (...). Num inverno especialmente rigoroso, perdeu o emprego, e a fome bateu à porta da miserável família. Desesperado, recorreu ao crime: quebrou a vitrina de uma padaria para roubar um pão. (...) Levado aos tribunais por crime de roubo e arrombamento, foi condenado a cinco anos de galés. (...) Mesmo na sua ignorância, tinha consciência de que o castigo que lhe fora imposto era duro demais para a natureza de sua falta e que o pão que roubara para matar a fome de uma família inteira não podia justificar os longos anos de prisão a que tinha sido condenado.
Responda: a adesão de Jean Valjean ao crime foi voluntária?
Não, mais do que uma questão de gosto ou preferência pessoal por uma vida irregular, tratava-se de uma situação social que deveria ser encarada francamente pela sociedade em geral e pelas autoridades políticas em particular:
4. O Sr. Madeleine toma conhecimento do caso de Fantine. De que modo ele tenta ajudá-la?
Ele tenta prover as necessidades de Fantine e tenta trazer a filha para perto da mãe. Mas Fantine morre e o Sr. Madeleine adota Cosette.
5. Que destino tem esse casal [Thénardier] no final do romance?
No final do romance, com a senhora Thénardier morta na prisão, senhor Thénardier e Azelma viajam aos EUA, onde ele se torna um comerciante de escravos.
6. Identifique, brevemente, as seguintes personagens secundárias do romance:
Um sacerdote idoso e gentil, que é promovido a bispo por um encontro casual com Napoleão. Ele salva Valjean de ser preso após roubar sua prata e o convence a mudar de comportamento. Bienvenu morre com 82 anos, cego.
Baptistine e Madame Magloire –
Respectivamente, irmã e empregada doméstica do Bispo Myriel. Baptitstine ama e venera o seu irmão. Me. Magloire teme que ele deixe a porta aberta para estranhos.
Gervais –
Um garotinho que deixa cair uma moeda. Existem duas perspectivas sobre o encontro de Jean Valjean com ele. Segundo uma delas, Valjean, ainda um homem de mente criminosa, coloca o pé sobre a moeda e se recusa a devolvê-la ao menino, apesar dos protestos de Gervais. Quando o menino foge de cena e Valjean vem a seus sentidos, lembrando de que o bispo tinha feito por ele, ele sente vergonha do que fez e busca pelo menino, em vão. Outra interpretação desta cena é que Jean Valjean não sabia que ele estava pisando sobre a moeda, mas depois percebe que a moeda estava sob seus pés e se sente horrível.
Fauchelevent –
Valjean salva a vida de Fauchelevent quando levanta uma carroça debaixo da qual ele estava preso, e depois arruma para ele um emprego como jardineiro num convento emParis. Fauchelevent mais tarde vai retornar o favor dando abrigo a Valjean e Cosette no convento, e emprestando o seu nome para Valjean.
Senhor Gillenormand –
Avô de Marius. Monarquista, ele tenta impedir Marius de ser influenciado por seu pai, um oficial do exército de Napoleão. Discorda de Marius em assuntos políticos, e eles têm várias discussões. Durante seu conflito perpétuo de ideias, ele não demonstra o seu amor pelo neto. fonte: http://pessoal.educacional.com.br/up/2600001/655287/t1314.asp
Sugestão de leitura e análise em sala de aula Caderno de Implementação didático-pedagógica do PDE/2009 e artigo
Joaquim
Roberto Corrêa Freire nasceu e faleceu São Paulo- SP (1927 - 2008). Ele
foi escritor, jornalista, dramaturgo, psicanalista e médico. Acesse o link a seguir para conhecer as capas e os resumos de seus principais livros.
LEIO, LOGO EXISTO: ENSINO E APRENDIZAGEM DE LEITURA. FORMAÇÃODE LEITORES COMPETENTES. A produção didático-pedagógica, na forma do...
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adequar a legislação aos princípios da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, que aconteceu em novembro de 1989 e foi ratificada pelo país em setembro de 1990.
Antes disso, em julho do mesmo ano, nasceu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instaurado pelalei 8.069.
O estatuto reforçou alguns preceitos já determinados pela Constituição de 1988, como a proteção integral de crianças e adolescentes e a prioridade na formulação de políticas públicas, na destinação de recursos da União e no atendimento de serviços públicos. A lei consideracrianças os que têmaté doze anosde idade eadolescentesaqueles que têmentre 12 e 18 anos.(grifo meu)
1º Princípio – Todas as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família.
2º Princípio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança.
3º Princípio – Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.
4º Princípio – A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto.
5º Princípio - A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais.
6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade. A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.
7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.
8º Princípio - A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro.
9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral.
10 º Princípio – A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.
O ECA estabelece que é dever do Estado, da família e da sociedade garantir o direito de crianças e adolescentes à liberdade, à dignidade, à convivência familiar e comunitária, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, à profissionalização e à proteção do trabalho.
E ainda, prevê a proteção contra qualquer forma de exploração, discriminação, violência e opressão.
Mazzaropi nasceu no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Aos 18 anos fugiu de casa para acompanhar o espetáculo ambulante do faquir Ferris. Viajando pelo interior do país, teve a ideia de fazer o papel de caipira. Em 1940, criou a sua Companhia de Teatro de Emergência, que atuava no chamado Pavilhão Mazzaropi, um barracão de zinco que montava e desmontava.
Depois, criou a Trupe Mazzaropi, com repertório fixo. Em 1948, foi contratado pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou no programa “Rancho Alegre”, dirigido por Cassiano Gabus Mendes.
Convidado pela Vera Cruz, em 1951, fez seu primeiro filme: Sai da frente. Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté e montou a Pam Filmes — Produções Amácio Mazzaropi. O primeiro filme que fez foi Chofer de praça.
‘No ano seguinte, com Jeca Tatu, encarnando o personagem criado por Monteiro Lobato, o típico caipira de calças pula-brejo, paletó apertado, camisa xadrez e botinas, conquistou a maior bilheteria do cinema nacional. O sucesso persistiu nas décadas de 1960 e 1970.
Ao todo, Mazzaropi fez 32 longas-metragens, contando histórias que abordavam o racismo, a religião, a política e até a ecologia, com simplicidade e bom humor, falando “a língua do povo”, para o povo que o adorava. Mesmo sendo considerado superficial pela crítica e pela elite intelectual, deixou uma marca indelével na cultura nacional. Seus filmes ainda atraem o público no interior do país e são encontráveis em vídeo e DVD.
Disponível em: educação.uol.com.br/biografias/
1. Quando e onde Mazzaropi nasceu?
2. Seu principal personagem é um caipira. De onde ele tirou essa ideia?
3. Descreva como era Jeca Tatu, um de seus personagens mais conhecidos.
4. Releia.
Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté - Qual o sentido da expressão grifada?
5. Que tipo de produções a empresa montada por Mazzaropi, a Pam Filmes, fazia? Quais eram os assuntos abordados?
6. Depois de conhecer a biografia de Mazzaropi, você acha que ele foi um artista importante? Por quê?
7- Você já assistiu algum filme de Mazzaropi? Qual?
Aluno/a:_____________________________________________________nº:
7º ano “B”
Avaliação de Português Biografia
1. Qual é o efeito do Dedo Verde que
Tistu tem?
a) Onde
estiver o ódio trazer a paz.
b) Nascer flores onde passar o dedo.
c) Fazer com que tudo fique verdel.
d) Mandar grama para todos os lados que
estiver.
e) Fazer pessoas felizes.
2. Qual é o nome verdadeiro do menino do
dedo verde? _____________________________________________.
3. Leia o texto I e texto II e responda
as questões a seguir.
Texto I
Syilvia
Orthof Gostkorzewicz nasceu em 1962, na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro e faleceu no dia
24 de julho de 1997.
Sylvia foi mãe de três filhos: Cláudia, Ge e Pedro. Ficou viúva e
casou-se pela segunda vez com Tato, arquiteto e artista plástico que ilustrou
muitos dos livros escritos por Sylvia.
Fez parte
da Escola de Arte Dramática do teatro do Estudante. Começou a atuar no teatro
aos quinze anos. Ela morou dois anos em Paris, onde fez curso de mímica,
desenhos, pintura e arte dramática. Na Bahia teve experiência de teatro
infantil com bonecos feitos de sabugo de milho.
Sylvia foi mãe de três filhos: Cláudia, Ge e Pedro. Ficou viúva e
casou-se pela segunda vez com Tato, arquiteto e artista plástico que ilustrou
muitos dos livros escritos por Sylvia. Fonte: Adaptação internet
SAIBA MAISDas mais de 500 histórias escritas por Sylvia,...
Helena Kolody nasceu em 1912, em Cruz Machado, Paraná,
no dia 12 de outubro e faleceu em 15 de fevereiro de 2004. Ela é filha de
imigrantes ucranianos, Miguel e Vitória Kolody e é considerada um dos nomes
mais expressivos da poesia contemporânea paranaense. Passou a infância na cidade catarinense de Três
Barras.
Em1928 publicou seu primeiro poema “A lágrima”.
No ano seguinte iniciou uma brilhante carreira no
magistério, paixão que só dividiria com a poesia.
Em 1941 ela publicou a primeira obra, "Paisagem
interior”, que seria seguida por outros treze títulos. Já nesta obra de estreia
constavam três Haicais, algo raro á época.
Em 2001 foi publicado o livro "VIAGEM NO ESPELHO e
vinte e um poemas inéditos”, pela Criar Edições, de Curitiba, Paraná. Essa
edição comemorou os 60 anos da publicação de seu primeiro livro. Fonte:
internet
a)Você define o texto I e o texto II como:()
autobiografia() biografia()
haicai
b) Qual é a
diferença entre biografia e autobiografia?
3. Agora, leia e
reescreva o texto com suas próprias palavras, ou seja, isso é parafrasear um texto lido. (Folha
avulsa)
4) Enumere as
respostas corretas.
(1) VERSO
(2) HAICAI
(3) BIOGRAFIA
( 4) AUTOBIOGRAFIA
(5) ESTROFE
()... é uma forma de poesia japonesa, pequeno
poema de três versos, com cinco, sete e cinco sílabas sucessivamente. Ele evoca
uma singela e delicada impressão do mundo, da natureza, do homem, das plantas
ou dos animais; às vezes com um refinado toque de lirismo de caráter
melancólico ou nostálgico, outras, com um rasgo de ligeiro humor (HUIZINGA,
1990: 138)
() ... é cada uma das linhas que constituem
um poema na estrofe.
() ...é o conjunto de vários versos.
() é um gênero literário em que o autor narra
a história da vida de uma pessoa ou de várias pessoas.
() ... inclui manifestações literárias semelhantes
entre si, como confissões, memórias e cartas, que revelam sentimentos íntimos e
a experiência ...
5. Leia a
autobiografia e responda:
SUPERMERCADO
MILLÔR -- ANO I - N.º 1
(Autobiografia De Mim Mesmo À Maneira De Mim Próprio)
"E lá vou eu de novo, sem freio nem paraquedas. Saiam da frente, ou
debaixo que, se não estou radioativo, muito menos estou radiopassivo. Quando me
sentei para escrever vinha tão cheio de idéias que só me saíam gêmeas as
palavras – reco-reco, tatibitate, ronronar, coré-coré, tom-tom, rema-rema,
tintim-por-tintim. Fui obrigado a tomar uma pílula anticoncepcional. Agora
estou bem, já não dói nada. Quem é que sou eu? Ah, que posso dizer? Como me
espanta! Já não fazem Millôres como antigamente! Nasci pequeno e cresci aos
poucos. Primeiro me fizeram os meios e, depois, as pontas. Só muito tarde
cheguei aos extremos. Cabeça, tronco e membros, eis tudo. E não me revolto. Fiz
três revoluções, todas perdidas. A primeira contra Deus, e ele me venceu com um
sórdido milagre. A segunda com o destino, e ele me bateu, deixando-me só com
seu pior enredo. A terceira contra mim mesmo, e a mim me consumi, e vim parar
aqui.” Fonte:
Cascão nasceu em 1961, baseado nas recordações de infância do próprio Mauricio.
Ele conta que, no início, teve receio da reação do público para com este personagem com uma certa “mania de sujeira”. A aceitação, entretanto, foi imediata e a popularidade cresceu tanto que desde agosto de 1982, Cascão tem sua própria revista.
Ø Os acontecimentos devem estar ordenados em sequência temporal, ou seja, do mais antigo para o mais recente;
Ø Deve haver um trabalho prévio de seleção das informações, que possam ser consideradas relevantes para o leitor.
Ø Evitar julgamentos de valor, expressões adjetivas que indiquem a opinião do autor a respeito das informações que apresenta.
Características textuais e linguísticas
Leia o texto biográfico que segue, que conta um pedaço da vida de um dos maiores poetas brasileiros, Carlos Drummond de Andrade:
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. Descendente de uma família de fazendeiros em decadência, o poeta estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo (RJ), de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, o itabirano começou a carreira de escritor como colaborador do “Diário de Minas”, que congregava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.
Devido à insistência familiar para obter um diploma, ele se formou em farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925. Fundou com outros escritores “A Revista”, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas Gerais.
O escritor ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Depois, passou a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954, colaborou como cronista no “Correio da Manhã” e, a partir do início de 1969, no “Jornal do Brasil”.
(...)
Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi, seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.
(...)
Alvo de admiração unânime, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro- RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade, fato que o havia deixado extremamente abatido.
1) Veja que a biografia de Drummond é um relato elaborado numa sequência temporal que entremeia fatos de sua vida e de sua carreira profissional:
a) 1º e 2º parágrafos: origem, estudos e carreira - no serviço público e como escritor. Nesses dois parágrafos, os fatos da biografia são relatados de forma mais neutra.
b) 3º e 4º parágrafos: fatos da vida e obra do poeta, ressaltando sua fama literária. Esses trechos já emitem opinião a respeito do biografado, especialmente pelos usos de:
enumeração das línguas em que a obra de Drummond foi traduzida, indicando seu papel internacional;
advérbio "seguramente" através do qual é evidenciado um argumento sobre a importância do poeta;
adjetivo superlativo: "mais influente". O poeta não é só influente, mas "mais influente", o que intensifica o qualificador;
adjetivo "unânime" referindo-se ao substantivo "admiração", também com conotação elogiosa ao poeta.
2) Releia a biografia e repare que há várias formas de se referir ao biografado, em substituição a seu nome: "Drummond", "o poeta", "o itabirano", "ele" e verbos com o sujeito oculto. Essas substituições representam um tipo de coesão textual. A fim de evitar a repetição de termo já referido, outras palavras retomam o já dito e vão ajudando a construir o texto, articulando-o.
3) Veja que a expressão "insubordinação mental" como causa da expulsão de Drummond da escola jesuítica, está escrita entre aspas. Qual seria a intenção desse uso? Dado o reconhecimento literário que se deu na vida do poeta, podemos considerar que é uma maneira de marcar de modo irônico a maneira inovadora de pensar do poeta, não é mesmo?
4) Analise agora os verbos usados no texto:
nasceu, estudou, foi expulso, começou, se formou, fundou, ingressou, transferiu-se, passou a trabalhar, se aposentou, colaborou, foi, morreu.
Adaptação do texto: Alfredina Nery, Especial para a Página 3 Pedagogia e Comunicação é professora universitária, consultora pedagógica e docente de cursos de formação continuada para professores na área de língua/linguagem/leitura.