Gênero
textual: diário é o registro de ideias, opiniões acerca da realidade que nos
cerca, expressar sentimentos de uma maneira geral, bem como registrar fatos
ocorridos no cotidiano.
Existem
dois grandes tipos de diário: diário pessoal e diário fictício.
Diário pessoal – Trata-se de um relato íntimo destinado apenas para ser lido pelo seu autor. Não existem grandes preocupações literárias e a linguagem é simples e fluida e familiar. É repetitivo e usa a oralidade coloquial e o conteúdo faz referência aos mesmos episódios que o diário de ficção;
EXEMPLO
Diário de ficção – refere-se a um diário genuíno, no qual o autor/a registra suas emoções e vivências do dia a dia. O autor faz descrição literal e presta atenção quanto ao uso da atenção da linguagem. Portanto, o diário de ficção é uma obra literária que apresenta a forma de anotações pessoais.
Diário de ficção – refere-se a um diário genuíno, no qual o autor/a registra suas emoções e vivências do dia a dia. O autor faz descrição literal e presta atenção quanto ao uso da atenção da linguagem. Portanto, o diário de ficção é uma obra literária que apresenta a forma de anotações pessoais.
Estrutura
do texto
- Vocativo – Como não está escrevendo para uma pessoa específica, mas sim para você mesmo (a), pode começar assim: “Meu querido diário”...
- A data – essa parte é essencial, pois daqui a uns vinte anos, poderá rever o que registrou numa determinada ocasião.
- Desenvolvimento – trata-se da parte na qual registrará as informações que desejar, não se esquecendo dos detalhes mais importantes, certo?
- Por fim, a assinatura, evidenciando o autor (a) do texto.
Uma página de diário
Clarissa
abre o seu diário de capa verde e escreve:
Quero
escrever neste diário tudo o que penso tudo o que sinto. Mas a gente nunca
escreve tudo o que pensa, tudo o que sente. Por que será que só somos sinceros
pensando?
Preciso
ter um diário porque não tenho com quem conversar. As minhas colegas do
Elementar não gostam de mim. (Não sei por quê!) a única que me procura é a
Dolores.
No
diário é como se eu estivesse conversando comigo mesma. Assim tenho a impressão
de que estou menos só.
Que
é que tenho para contar? O dia está lindo. Estamos no outono. No pátio de minha
casa tem uma paineira florida. Bonito! Uma professora formada dizendo
“tem
uma paineira”. O direito é “há uma paineira”. Mas fica tão pedante... Por que
será que a gente nunca escreve como fala? Bom, mas a verdade é que ninguém vai
ler o meu diário.
E
se eu morrer? Se eu morrer, depois da missa de sétimo dia mamãe toda de preto
vem chorando reunir as minhas coisas. Encontra este livro, abre. Lê e fica
sabendo todos os meus segredos.
Não.
Preciso destruir este diário antes de morrer. O pior é que a gente nunca sabe
quando vem a hora da morte.
Mas
eu ia dizendo que no nosso pátio tem uma paineira florida. De manhã os
passarinhos fazem uma gritaria doida dentro dela. Se eu soubesse pintar, eu
pintaria a nossa paineira.
Hoje,
entrando na sala de visitas, senti a mesma coisa que sentia quando era guria.
Quando olhei para o retrato do meu bisavô senti um medo esquisito, uma
impressão de o retrato ia sair correndo atrás de mim. Bobagem! Um retrato não
pode se mexer. Se os outros soubessem do meu medo, na certa riam de mim.
Mas
o que eu sinto, não devo mentir. Pelo menos para mim mesma...
(Érico
Veríssimo, Clarissa, 50. ed. São Paulo: Globo, 1999)
1. Para Clarissa, o diário é uma espécie de diálogo
íntimo. Que frase do texto contém essa informação?
a) “Preciso destruir este diário...”
b) “Quero escrever neste diário tudo o que penso, tudo o que sinto.”
c) “... só somos sinceros pensando?”
d) “No diário é como se eu estivesse conversando comigo mesma.”
2. O diário suaviza a solidão de Clarissa. Assinale a frase que
justifica essa afirmação.
a) “Assim tenho a impressão de que estou menos só.”
b) “As minhas colegas não gostam de mim.”
c) “Que é que tenho para contar?”
d) “A única que me procura é Dolores
Blog - comunicação virtual
Características:
- relato das experiências pessoais tais como dicas de estudo, piadas, fotografias, notícias, novidades ligadas à vida social e muito mais;
- alguns blogs deixam de ser pessoais e passam a ser comunitários, ou seja, alguns expressam experiências de um grupo de pessoas.